quinta-feira, 31 de março de 2011

TURISMO NA AMERICA CENTRAL




Varadero é muito mais do que uma bela praia capitalista dentro de uma Cuba socialista



Os 22 km de areias branquinhas e sol quente durante todo o ano fazem de Varadero o sonho de quem quer relaxar na praia. As águas calmas e azuladas, com barquinhos a vela colorindo o horizonte, deixam qualquer um tão calmo que o esforço de sair da espreguiçadeira para fazer alguma coisa tem que ser gigante. Mas vamos lá! Varadero também tem muito a oferecer além dessa calmaria toda. De parques a shoppings centers, saltos de paraquedas a passeios de mergulho - opções não faltam para os mais exigentes turistas.


É possível aproveitar a praia pela manhã, quando o sol bate mais forte, almoçar num dos restaurantes que beiram a areia, e depois fazer uma escolha diferente por dia. À noite, vale jantar num restaurante com música ao vivo e depois sair para a festa que fizer seu gosto. E, para não esquecer daqueles que costumam perder o horário, estendendo a soneca que era para durar apenas uma tarde: em Varadero há vários estabelecimentos que ficam abertos 24 horas por dia.


Localizada na Península de Hicacos, a aproximadamente 140km de Havana, capital de Cuba, Varadero tem atrações, hotéis e restaurantes que fogem ao conceito socialista de simplicidade que pregamos à ilha. Mas não são somente os mais endinheirados que podem se dar ao luxo de passar uns dias nessa terra. Há variedade também para todos os bolsos. Se não puder bancar um dos resorts all-inclusive, pode ficar nos hotéis menores, ao oeste da península, ou mesmo alugar apartamentos voltados para turistas.


A cidade tem por volta de 18.000 habitantes, mas recebe, por ano, uma média de 500.000 visitantes. Isso não é à toa, já que é enorme o tamanho da infra-estrutura local voltada diretamente ao turismo. Mas o mito de que Varadero não é para cubanos é, de fato, somente um mito. Muitos residentes de Cuba escolhem a região para passarem a lua-de-mel ou as férias com a família. A diferença está na escolha da hospedagem e dos restaurantes, já que o poder aquisitivo deles é bem menor que o dos canadenses que se concentram por ali.


É possível também ter contato com os habitantes locais e a cultura socialista. Como as casas particulares (residências de cubanos que alugam quartos para turistas) e os paladares (refeições servidas e vendidas em moradias de cubanos) são proibidos, pela lei cubana, em áreas de resorts, o convívio com eles pode ser menos intenso. Por outro lado, é dificílimo não acabar conversando com o garçom da praia (que pode ser também um lutador profissional de judô!), a recepcionista do hotel ou mesmo o vendedor do supermercado. Depois de mais de dois dias indo ao mesmo quiosque, pode se preparar que o moço que aluga suas espreguiçadeiras já estará se considerando seu melhor amigo. Não tem jeito, os cubanos são assim, com essa maneira extrovertida e espontânea de ser (para alguns, até demais).


À noite, há várias festas e shows com presença de muitos residentes. É outra oportunidade para intercambiar com as pessoas que fazem parte da excêntrica cultura dessa ilha mais que peculiar. A verdade é que se você se permitir sair um pouquinho do circuito luxo-turismo, será impossível não entrar em contato com os simpáticos cubanos. E pasmem: os habitantes de Varadero são muito mais favoráveis ao socialismo do que os de Havana!


Mas não se preocupe. Afinal, ninguém vai à Varadero para ficar preocupado. Passe um bom filtro solar, pegue a toalha e aproveite tudo que a cidade tem a oferecer.



segunda-feira, 28 de março de 2011

TURISMO E MÚSICA




Retomando as atividades, o blog da Feeltur Turismo começa a ganhar novas postagens. Sempre trazendo opções e dicas de viagens.




Viaje por sete lugares famosos que ganharam até música






Há músicas que, ao homenagear ou criticar uma cidade, estado ou país, entraram para a história e, muitas vezes, passaram a ser até mesmo representantes dos locais em questão. Como esquecer, por exemplo, de Georgia on My Mind, de Ray Charles, ou de Sampa, de Caetano Veloso? Ambas se tornaram músicas-tema, respectivamente, do Estado norte-americano e da capital paulista.



O fato é que essas músicas remetem à características intrínsecas aos locais de que tratam e, não raro, despertam curiosidade motivada pela sua poesia. Prepare os fones de ouvido e comece uma viagem inesquecível por alguns dos lugares mais famosos da história da música.



A primeira parada é Londres, de onde veio a inspiração para a música London calling, do disco homônimo do The Clash. A música em questão é bem apropriada para acompanhar uma visita à capital inglesa, cuja vida cultural é rica em espetáculos, concertos musicais, bares, restaurantes.



Em seguida, vem Georgia, estado americano que, curiosamente, não serviu de inspiração para a canção que Ray Charles fez famosa, e sim a irmã do compositor da sua música. Ainda assim, a canção Georgia on My Mind criou uma identificação tão grande com o estado americano que se tornou sua canção oficial. Após conhecer seus campos cobertos de algodão, você também poderá ficar com Georgia gravada na mente.



E que tal uma parada na ensolarada Califórnia? Foi o que fizeram os Beach Boys, em California Girls. Seja em Los Angeles ou em São Francisco, duas de suas cidades mais célebres, o que não faltará é animação. De clubes famosos como o Hollywood Planet a teatros e orquestras, a vida noturna no estado americano é no mínimo intensa. Pronto para encontrar sua California girl?



Ou talvez você pense em tirar a sorte grande em outro sentido. Las Vegas é festa, cassinos, jogos, belas mulheres e homens endinheirados, drinques, pura festa. E a canção de Elvis Presley, Viva Las Vegas, é perfeita para embalar uma noite na cidade.



Agora, se sua pegada for mais paisagística, considere Amsterdã, pano de fundo da belíssima Ana de Amsterdam, de Chico Buarque. Assim como a Ana do Chico, a Holanda é o país dos diques.



Outro brasileiro que também inspira viagens é Gilberto Gil, que fez um panorama muito pessoal da Terra do Sol Nascente na música Do Japão. Embora as expectativas de Gil não sejam tão simples de serem cumpridas, isso não tira a satisfação de conhecer no Japão a multiplicidade de atrativos culturais e a diversidade natural em um país que combina grandes cidades cosmopolitas e pequenas comunidades guardiãs da tradição local.



Por fim, eis ela. São Paulo, a Sampa de Caetano, conhecida pela 'poesia concreta de suas esquinas', mas igualmente perfeita para quem deseja uma experiência plural. É a cidade do sanduíche de mortadela, da SP Fashion Week, dos japoneses da Liberdade, da sofisticação da rua Oscar Freire. Um universo ao redor de "infinitos particulares", enfim, mas isso é assunto pra outra música (de Marisa Monte).